domingo, 12 de outubro de 2008

O MÁGICO DE OZ EM LUZIÂNIA


Ontem à tarde no teatro municipal Benedito de Araújo Melo, foi encenada pela primeira vez a famosa peça “O mágico de Oz”. A trupe responsável pela façanha foi o grupo de teatro Bando de Artes de Luziânia.
Demonstrando bastante desenvoltura a jovem atriz Lorrayne Vais de 14 anos interpretou a garota Dorothy Gale, que junto com o seu pequeno cão é levada em um vendaval para um mundo encantado. Ao chegar nessa nova terra a garotinha faz vários amigos que buscam cada um o seu objetivo e têm em comum a missão de falar com o mágico de Oz. Dorothy está em busca do seu retorno ao lar.
Os outros personagens da trama são: O espantalho (Dalton Machado), O homen de lata (Clebão), Leão covarde (Carlos Tavares), O Mágico de Oz (Marcos Soares) e a Bruxa (Pamela Oliveira). Em meio a fugas e desventuras, bruxas e fadas os atores se esforçaram em fazer um excelente trabalho para o público que estava presente, cerca de 250 pessoas.
Ao final da peça veio o reconhecimento do público que aplaudiram entusiasticamente o bom trabalho feitos pelos atores que estão na faixa dos 12 aos 20 anos de idade. Concluindo a apresentação a cantora Simone Melo, com uma bela voz, encerrou a peça.
Após a peça o diretor Elmo Ferrér conversou conosco e falou das dificuldades encontradas para realizar teatro em Luziânia. Salientou o apóio que recebeu de algumas empresas da cidade e da própria secretária de cultura e desporto, mas reconheceu que ainda recebe pouquíssimo incentivo para fazer cultura em Luziânia. Pôde-se observar isso pelo cenário da peça. Apesar do bom gosto, notava-se também a fragilidade dos materiais usados. O próprio teatro está em frangalhos. Durante a peça percebia-se as falhas nos velhos iluminadores de palco, que teimavam em ‘escurecer’ o brilho do teatro. O teto do palco e do auditório carece de reparos. O palco é bem grande e possui algumas instalações que não funcionam apenas pela falta de manutenção; como uma grande cortina que está amarrada nas extremidades em desuso. Uma mesa de operações quebrada. É impressionante que um teatro desse tamanho não tenha sequer um sistema sonoro próprio para que os atores possam desenvolver seus textos e todos na assistência tenham como escutar.
Uma outra constatação é o fato de Luziânia não possuir apenas esse teatro. Uma peça bem montada como essa com certeza mereceria ser encenada em um teatro novo e com estrutura. Esse poderia ser o belo auditório que temos em frente à Prefeitura Municipal? Com certeza. No entanto, ninguém sabe por que isso não ocorre. Será que o centro de convenções é apenas para servir de monumento da cidade e não efetivamente para o fim a que se destina? Esperamos que no futuro breve os atores do Bando de Artes e de outras vertentes da cultura de Luziânia possam se beneficiar dos recursos financeiros físicos que estão a disposição destes na Prefeitura Municipal de Luziânia.
Hoje, domingo às 17:30 será feita uma nova exibição, e segundo o diretor Elmo contará com ainda maior público. O Bando de Artes já estão preparando novas peças e logo as estarão divulgando.